terça-feira, fevereiro 10, 2009
A girafa Constipada
domingo, outubro 12, 2008
O CARACOL PREGUIÇOSO E A NUVEM TRABALHADORA
-Estava um dia tão bonito e tinha que vir uma nuvem pateta fazer chuva para o estragar! -A nuvem ofendida e muito inchada decidiu que estava na hora de responder àquele caracol preguiçoso que não fazia nada. Assim começou a chamar o caracol:
-Pssst pssst senhor caracol! O caracol olhava, olhava e nada via em seu redor. -Pssst pssst senhor caracol! Procure melhor! O caracol continuava a olhar a para todo o lado sem ver quem o estava a chamar. -Pssst! Pssst! Senhor caracol! Procure melhor! Sou eu a nuvem que estou aqui em cima ao pé de si!
-Ah! Só podia ser! - respondeu o caracol com cara de caso e de poucos amigos, pois não tinha gostado nada de ter ficado encharcado.
- Onde é que já se viu molhar as pessoas que andam a passear, assim sem mais nem menos, sem sequer avisar? –resmungou amuado.
- Sabe senhor caracol enquanto andava o senhor a passear de antenas espevitadas ao sol, eu estava a trabalhar para que o senhor se pudesse alimentar e abrigar!
-A trabalhar?! Chama trabalhar a encharcar as pessoas? -retrucou indignado o caracol.- Mas a nuvem muito calma e a sorrir continuou:
- Sim a trabalhar! Se o senhor teve folhas verdes e apetitosas para se deliciar e abrigar a descansar, do seu passeio,foi graças a mim, mas se não fosse eu receio que passasse fome. Pois se eu não enviasse uma boa carga de água para que as plantas se pudessem alimentar e renovar ficado verdes viçosas, estas não só deixariam de ser tão apetitosas como morreriam de fome e de sede. Não morrerias tu de sede se deixasse de chover? O que irias beber? Talvez não fosse agradável ficar encharcado, mas olhe como está tudo mais bonito e verdinho! Ou vai dizer-me que não tinha notado?
O caracol envergonhado com o seu egoísmo reconheceu que nunca tinha pensado que de facto a nuvem tinha razão. E também não era assim tão grave nem desagradável ter-se molhado, pois até se tinha refrescado e num instante tinha secado. Assim a nuvem e o caracol fizeram as pazes e tornaram-se grandes amigos, pois às vezes podia não parecer , mas se o caracol e outros seres viviam não era só ao sol que o deviam, mas também a nuvem que fazia chover para que as plantas pudessem e eles e os outros seres vivos tivessem água beber.
sexta-feira, fevereiro 29, 2008
A zebra que perdeu o pijama
A lagarta Raquel
A lagartinha Raquel |
Uma aventura com fantasmas...
Ouvi um grande barulheira,
Vir de perto da banheira
Espreitei e fiquei pasma
vi o banho de um fantasma !
Não quis acreditar
e os olhos pus-me a esfregar,
Para me certificar
que não estava a sonhar…
Mas lá estava o fantasma
Sorridente a cantar.
Eu ali tão pasma,
nem consegui falar.
O fantasma fechou a torneira
e sorridente saiu da banheira
E sempre a cantar foi-se aperaltar
Pois ao baile não queria faltar.
Quando à sala cheguei
O que vi, eu nem acreditei!
Mil fantasmas a bailarem
Pensei: devo estar a sonhar!!!!
Foi então que ouvi espirrar
Era o pobre do fantasma
Que ainda tinha asma
E acabara de se constipar
Assim ganhei coragem de me aproximar
Para lhe falar bem pertinho
Quis dar-lhe um chá quentinho
Mas não o podia tomar
Sou um pobre fantasma com asma
Que não se consegue curar
Mas diz-me se não estás pasma
E com medo de me falar?
Confesso que fiquei admirada.
Pensei que não estava acordada.
Só posso estar a sonhar,
Para aqui estar a falar
O fantasma riu à gargalhada e
convidou-me para bailar.
Disse que estava acordada e ara não me admirar,
pois tudo me ia explicar.
Aquela era uma casa bem assombrada
Uma vez por ano, os fantasmas iam lá bailar
Era o baile anual dos fantasmas para festejar
Brincar e rir à gargalhada.
Pois o resto do ano, tinham uma vida muito ocupada
Que isto de ser fantasma, tem muito que se lhe diga!!!!
Somos convidados para assombrar castelos e casarões
por incrível que pareça , no turismo atrai multidões.
E agora minha amiga vou ter que partir
Mas foi bom te conhecer, para variar
Poder falar em vez de assombrar.
Disse o fantasma a sorrir.
Então o fantasma pediu para se despedir
à moda antiga.
Senti um apequena aragem de arrepiar
Era um beijo do fantasma me estava a dar
E ouvi-o dizer : Adeus amiga, gostei de te falar.
E quando olhei para o ar só vi fantasmas elegantes a voar!!!!
E eu ainda não acreditava, no que estava a ver.
Fui para o quarto descansar, fui-me deitar
Era o mais certo a fazer,
Só podia estar a sonhar.
Acordei com o sino a tocar
O sol já estava brilhar
Pensei no sonho e sorri que grande imaginação
Foi então que vi a dizer-me adeus
O fantasma constipado
muito bem aperaltado!
E fui assim que aprendi
A não ter medo de nenhum fantasma,
Pois até eles tinham asma
Não vêm nenhum por aí?????
Mamã Gansa/Pandora
sexta-feira, novembro 23, 2007
sexta-feira, outubro 10, 2003
O rei sempre foi uma figura, mágica.
Quantos de nós năo crescemos a ouvir histórias de reis, dos seus grandes feitos e por vezes
também das grandes barbaridades e atrocidades por eles cometidas.
Mas em muitas das histórias os reis săo símbolos.
Símbolos de Justiça, de Humildade, de Vaidade, de Ambiçăo. Senăo vejam só.
O rei Salomăo é recordado como símbolo de Justiça.
Quem năo se lembra da passagem em que duas supostas măes disputam uma criança e ele tem que tomar uma decisăo.
Foi preciso coragem e sabedoria para dizer algo como "Cortem-na ao meio e dęem metade a cada uma".
De facto o rei Salomăo sabia que uma măe verdadeira preferia perder o seu filho vivo, a vę-lo morrer diante dos seus olhos e năo se enganou.
Enquanto a impostora ficou calada, esta implorou que parassem.
Cada vez que me lembro desta história fico com a certeza que ser Rei năo deve ser fácil.
E quem năo se lembra da famosa história "O rei vai nú!",em que o Rei com a sua desmedida vaidade se deixa vigarizar por dois artesăos,
que dizem fabricar um magnífico pano,visto só pelos mais inteligentes (que năo existia é claro!) , acaba a desfilar nú pela cidade !
E por falar em Vaidade, acho que esta é parente da ambiçăo, e melhor símbolo para a ambiçăo do que o Rei Midas eu năo conheço.
Acho que já toda a gente ouviu falar,mas para o caso de alguém estar esquecido ou desconhecer,
Midas é o rei que pediu que as suas măos transformassem tudo o que tocava em ouro.
O resultado foi triste, ele próprio se transformou em ouro. Mas nem todos os Reis săo tăo soberbos ou ambiciosos
. História interessante é a do Rei Canuto, que o povo venerava como se fosse um Deus.
Cansado de ser visto como alguém que năo,era, decidiu prová-lo ao povo.
Instalou o seu trono numa praia e convidou o povo a visitá-lo.
Esperou que a maré subisse até que a água lhe alcançasse os joelhos.
Quando a água o alcançou ele disse para o povo que năo era nenhum deus,
era um homem como outro qualquer ou teria tido o poder de mandar para a maré de subir.
Năo me lembro o fim da história, mas gostei dessa parte.
Eu recordo o rei Canuto como símbolo de Humildade.
Há ainda a história de um rei que decidiu dar uma liçăo aos seus conselheiros
e combinou com um aldeăo uma série de perguntas que nenhum dos Conselheiros conseguiu responder.
Desta forma o rei conseguiu que se tornassem mais humildes.
E podia continuar a contar histórias de reis, porque gosto de histórias de reis.
Histórias de reis que sempre acabam por se tornar símbolo de algum ensinamento importante.
Sei que normalmente aos reis se associa o poder, a vida faustosa e luxuosa,
mas quantas das vezes nos esquecemos que acima de tudo,
eles săo pessoas como nós com as virtudes e fraquezas.
É nessas ocasiőes que sempre me vem ŕ mente um conto de reis.
segunda-feira, abril 14, 2003
A rosa estava estarrecida de medo. As outras flores que assistiam a tudo ficaram com muito medo também e muito tristes. Depois do homem se ir embora começaram a chorar, pois pensavam que a rosa estava morta. Mas a verdade é que a nossa rosa estava viva e feliz, pois a sua sorte tinha sido tal, que o homem que a recolhera era nem mais nem menos que o jardineiro do rei.
O rei que tinha uma grande paixăo por rosa possuía no seu jardim um enorme roseiral para onde a nossa amiga foi viver e onde se sentiu mais feliz do que nunca, apesar das saudades das outras flores com quem estivera tanto tempo e que tăo suas amigas eram. Estas ao saberem pelo vento as novidades de que a rosa estava viva e feliz, porque finalmente encontrara uma família de rosas, ficaram também muito felizes, apesar das saudades que tinha da sua amiga. Porém, o vento serve-lhes de mensageiro e traz-lhes sempre notícias da rosa, depois de contar as novidades da terra das flores a esta. Conta-lhes que a Rosa sente muito a falta das suas amigas flores, mas que é muito feliz porque agora tem a sua própria família, tem muitas rosinhas e adora o roseiral do rei.
quinta-feira, fevereiro 20, 2003
Um dia ouvi alguém dizer que não gostava de histórias que começassem por "Era uma vez..." mas a verdade é que as histórias mais bonitas que eu conheço começam todas por Era uma vez e como esta também é uma história bonita, é precisamente assim que vais começar.
Era uma vez uma flor, numa terra onde só existiam árvores e flores, os homens desconheciam essa terra por ficar escondida por detrás de uma grandes montanhas e os animais assustavam-se com a luz colorida que dessa terra saía. Existia uma lenda que falava de uma terra maravilhosa cheia de luz, árvores e flores coloridas por detrás das montanhas, mas poucos eram aqueles que tentavam lá chegar, e os que o faziam a meio das primeiras montanhas desistiam.
Assim as arvores e as flores viviam sossegadas na sua linda terra. E se a sua terra era linda, povoada das mais diversas flores que lhe davam o mais colorido. Mas entre tantas flores, distinguia-se aquela de que vos comecei por falar, porque era a única rosa que existia naquele lugar. Ela era a mais linda flor que lá havia. Muito vermelha, com umas pétalas suaves, exalava um perfume tão bom que o vento não resistia a espalhá-lo por todos os lugres que visitava.
A Rosa era tão bondosa como bela e desta forma todas as outras flores e mesmo as árvores a adoravam. Porém ela não era feliz e muitas vezes começava a chorar. Todas as outras flores ficavam muito curiosas e admiradas com o seu comportamento, até que um dia, um Malmequer vizinho lhe disse estas palavras:
- Rosa, Rosa, porque choras, se és desta terra amais formosa, a mais bela das flores por quem todos se perdem de amores, és de todos a mais querida e do vento a sua preferida?
- Sim eu sei que para vós eu sou a mais bela das flores e de entre vós a mais querida, mas não consigo para de chorar porque me sinto perdida. É que me sinto muito só neste lugar, pois vós malmequeres sois uma grande família e também vós papoilas , campainhas, e até as arvores são tantas que nem as conseguimos contar, mas eu nem mais uma rosa consigo avistar - respondeu-lhe a Rosa sorrindo, tristemente e continuou:
- Vós podeis juntar-vos e assim formar uma família, fazendo com que nasçam mais jarros, mais malmequeres, mais papoilas, lírios, Campainhas, mas eu quem é que tenho?
- Então! Nós todos gostamos de ti como se fosses da nossa família - retorquiu o malmequer.
- Sim! Sim! Eu sei e sinto-me honrada. Mas a verdade é que eu não posso ter uma família de rosas respondeu ela.
O Malmequer nada mais disse e ficou triste pela Rosa pois sabia que ela tinha razão e ninguém podia fazer nada. A verdade é que no mundo das flores, os Malmequeres só casam com Malmequeres, Os Lírios com os Lírios, as Papoilas com as Papoilas e as rosas com as rosas e como ela era a única que ali vivia jamais poderia ter uma família. Como é que ela lá teria ido parar? Ficou a pensar o Malmequer. A verdade é que ninguém sabia, nem ela mas supunha-se que alguém que se perdera deixara cair ali sem querer, embora fossem muito poucos os que lá passaram. E assim ficaram os dois, o Malmequer perdido nos seus pensamentos e a rosa na sua tristeza.
Os dias foram-se passando e o Malmequer em conjunto com as outras flores pensavam numa forma de ajudar a Rosa, mas nada conseguiram, até que muito tristes desistiram.
Até que um dia, oh surpresa das surpresas!
(Continua....)